quarta-feira, junho 09, 2010

O marinheiro

Navegava há muito tempo e conhecia muitos portos. Em cada um deles buscava um motivo para se fixar, mas em nenhum encontrava o suficiente e voltava então para o mar, para o vasto oceano.

Em muitos momentos esteve perdido e em muitos momentos esteve só. E sempre que a solidão o torturava, ele voltava novamente para a terra para encontrar sempre mais confusão do que antes em alto mar. Mais solidão do que em meio ao oceano.

Apesar de tudo, não era uma pessoa triste esse senhor marinheiro, pois navegava rodeado de boa companhia, mas ele acreditava que em algum porto alguém lhe esperava, alguém que ainda não conhecia, mas que sabia que quando visse reconheceria imediatamente. Alguém cujo olhar refletisse o brilho de todas as estrelas e do luar.

Ele assim pensava, pois tudo o que precisava era de alguém que o compreendesse mais do que a si mesmo, alguém que o encantasse e surpreendesse, alguém que fosse maior e ao mesmo tempo igual, alguém que lhe servisse de exemplo.

Até hoje ele continua a navegar na esperança de encontrar, enquanto isso aproveita feliz, o sol, o mar e seus companheiros.

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